segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Livros para Vestibular

Amar, Verbo Intransitivo; 



 Este romance é definido pelo autor como Idílio (s. m. Pequena composição poética, campestre ou pastoril; amor simples e terno; sonho; devaneio.) e abusa das técnicas modernas, usando uma linguagem coloquial, perto do falar brasileiro (por exemplo, começando frases por pronomes oblíquos), sem capítulos definidos, prosa telegráfica, expressionismo, construído através de flashs, resgatando o passado ou fixando o presente. Publicado em 1927, o Idílio causou impacto. Desafiou preconceitos, inovou na técnica narrativa. Sem nenhum prêambulo, Souza Costa e Elza surgem no livro. Souza Costa é o pai de uma típica família burguesa paulista do início do século.





O Beijo no Asfalto





Tragédia contemporânea contrastando poesia e vulgaridade. Conserva-se fiel ao expressionismo freudiano e realismo, o autor vem de encontro a preconceitos e inseguranças bem como à falsidade, ao juízo fundado na aparência e a condições unânimes. Arandir testemunha um atropelamento e ao socorrer a vítima, dá-lhe um beijo na boca a pedido do agonizante. É imediatamente acusado de homossexualismo pela imprensa e pela polícia.







Macunaíma


Rapsódia escrita em 1926 e publicada em 1928, traz uma variedade de motivos populares que Mário de Andrade juntou de acordo com as afinidades existentes entre eles. Trata-se de uma espécie de "coquetel" do folclórico e do popular do Brasil. Mário de Andrade mistura o maravilhoso e o sobre-humano ao retratar as façanhas de um herói que não apresenta rigorosos referenciais espaço-temporais – Macunaíma é o representante de todas as épocas e de todos os espaços brasileiros. Macunaíma, que leva o subtítulo de "herói sem nenhum caráter", é também o nome do personagem central, um herói ameríndio que trai e é traído, que é preguiçoso, indolente, mas esperto e matreiro, individualista e dúbio.






Memórias de Um Sargento de Milícias




Uma obra de transição para o Realismo. O livro conta a história do jovem Leonardo, filho de pais separados que é criado pelo padrinho barbeiro, sendo uma peste tanto criança quanto mais velho. No começo indicado para ser clérigo, sua rejeição a Igreja lhe leva a vadiar. Na companhia do padrinho na casa de D. Maria conhece Luisinha, por quem se apaixona. Luisinha no entanto se casa com um espertalhão de nome José Manoel. Quando o padrinho morre ele volta a morar com o pai, mas por pouco tempo porque este o expulsa de casa por causa de seus desentendimentos com a madrasta.






Capitães de Areia






Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de pseudo- reportagens, explica-se que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia.








Poesia Marginal



poesia marginal foi uma prática poética marcada pelo artesanal, por poetas que queriam se expressar livremente em época de ditadura, buscando caminhos alternativos para distribuir poesia e revelar novas vozes poéticas.

É um movimento cultural fundado nos anos 70, os poetas mais marcantes desta época foram Ana Cristina César, Paulo Leminski, Ricardo Carvalho Duarte (Chacal), Francisco Alvim e Cacaso. As poesias eram distribuídas em livretos artesanais mimeografados e grampeados, ou simplesmente dobrados.








Memórias sentimentais de João Miramar



Machado Penumbra abre o romance com um prefácio em que dá boas-vindas a João Miramar, saudando sua 'entrada de homem moderno na espinhosa carreira das letras'.

A partir daí, é narrada a trajetória desse novo escritor, sujeito ingênuo, educado na acanhada cidade de São Paulo, no começo do século. É um intelectual provinciano, cuja família rica vive da extração de café.










Memórias Póstumas de Brás Cubas




Brás Cubas escreve suas memórias já morto. Ele inicia a narração nos seus últimos momentos de vida, quando recebia visitas, ele viveu uma alucinação que o permitiu conhecer do primeiro ao último século.
Brás Cubas vinha de uma família rica. Era um menino arteiro, mimado e protegido pelos pais. Sem nunca ter responsabilidades e culpas, passou a infância e chegou à mocidade. Foi nela que conheceu Marcela, uma espanhola, por quem se apaixonou. Conquistou-a e viveu um romance. Brás enchia-a de caros presentes e foi assim que gastou um pouco de sua herança. 








Ecos no Porão



Considerado um dos grandes contistas brasileiros, o catarinense Silveira de Souza - integrante do grupo sul, criado em 1948 e que levou o movimento modernista para Santa Catarina - selecionou aqui alguns de seus textos publicados desde 1985, entre eles o que da titulo a obra. "E poderia repetir em silêncio para consigo de maneira prosaica os versos de Eliot, como um lembrete dirigido a sua ilusória individualidade: “Quem é o outro que sempre anda a teu lado? Quando faço a soma, somos apenas dois, lado a lado, mas se ergo os olhos e diviso a branca estrada, há sempre um outro que a teu lado vaga, a esgueirar-se envolto sob um manto escuro, encapuzado. Não sei se de homem ou de mulher se trata, mas quem é esse que te segue do outro lado?




Geração do Deserto



O compromisso com a memória histórica é exemplarmente defendida por Guido Wilmar Sassi, especialmente nos livros Geração do deserto55 e São Miguel56. Aliás, este autor tem sido, por excelência, o escritor que retém, ficcionalmente, o espaço e a história catarinense, construindo uma espécie de regionalismo que consegue superar os limites espaciais traçados e oferecer uma concepção universal do homem que atua nesses espaços típicos. Neste sentido conquista especificidade em relação aos outros autores já tratados, muito embora reconheça-se em Lausimar Laus e em Almiro Caldeia autores que, ao abordarem o homem típico, não o dotam apenas dos valores que o restrinjam ao espaço em que transita.

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